segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A Hora Mágica

Vera Sousa Feng Shui

A Hora Mágica (The Magic Hour), como é conhecida pelos fotógrafos no cinema, é a primeira hora de luz depois do nascer do sol ou a última hora antes dele se por. Na verdade, não chega a ser uma hora inteira. Por alguns minutos, o céu vai se transformando, as cores vão se modificando e, num piscar de olhos, só fica a memória. Ou a foto. Essa capturei na minha última viagem, em dezembro. Nesse lapso de tempo, a vida parece ganhar outro significado. Todos os problemas ficam pequenos diante de tamanha beleza. Aliás, a língua inglesa tem uma palavra única para descrever essa sensação: "breathtaking". Sim, é mesmo de tirar o fôlego. Para mim, tem cor de primavera, som de piano e cheiro de orvalho.
Reverenciar e agradecer cada dia da nossa vida é um exercício diário. É esse o convite que deixo aqui para 2015.
Que o novo ano traga coragem, esperança de novos desafios, de novos amores, de novos sabores, de novas cores, de novos sonhos.
O que isso tem a ver com Feng Shui? Tudo. 
Para que venha o novo é preciso abrir espaço: desapegar daquilo que não te inspira, não te energiza, não te faz bem. Então...simples assim.

Desejo que seu ano seja cheio de horas mágicas, de boas surpresas e muita luz.
Feliz 2015!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Atenta aos sinais

Vera Sousa Feng Shui

O que mais me encanta em meu aprendizado pelos caminhos do Feng Shui é deparar-me com sinais e tentar desvendá-los. Isso acontece sempre que realizo uma consultoria. Muitas vezes, aquilo que é claro para quem vê de fora é invisível para quem habita o espaço. Revelar esse sinal tão óbvio, é uma arte que procuro exercer com sabedoria e cuidado. Pois, nem sempre as pessoas estão prontas para ver o que o universo lhes apresenta.
Isso vale para todos, e aí me incluo também. 
Acredito na simbologia que as cores, as formas, os sons, os cheiros trazem. Também em sinais menos poéticos como uma buzina, um copo que quebra, uma folha de papel que voa, um telefone que pára de funcionar, do nada.
Desenvolver a atenção aos sinais que o universo nos traz todos os dias, a todo momento, parece ser o maior desafio da humanidade, principalmente para os que vivem no barulho das grandes cidades.
Desconectados como estamos da nossa natureza, passamos batido por sinas vermelhos de "pare", amarelos de "preste atenção" e verdes "vá em frente e seja feliz".
Ao escrever esse texto, abri meu livro de I Ching, por Alayde Mutzenbecher, a espera de um símbolo que pudesse ilustrar esse post com boa dose de sabedoria. Veio a imagem do "Caldeirão". Longe de ser uma expert no assunto (afinal, I Ching é objeto de estudo para toda uma vida...), divido com vocês minha interpretação da conexão entre esse símbolo e a mensagem que quero deixar aqui.
O Caldeirão traz a simbologia do poder e da espiritualidade. Dá-se ali um processo alquímico que "Estabelece o Novo". Os sinais funcionam assim. A partir deles você pode se retrair em passos mais vagarosos, estacionar diante de uma força desproporcional ou avançar sem medo. Em qualquer das alternativas, a transformação interna e externa acontece e surge algo novo, que não era consciente. 
Esperava um catálogo de sinais e significados? Desculpe frustá-lo querido leitor. Não há resposta certa. Existe o caminho e as escolhas que fazemos ao longo dele. 
Meu conselho: siga seu coração e o primeiro sentimento que vier após se deparar com um sinal. 
Esse sentimento, livre de preconceitos, em geral é verdadeiro.

Sejam felizes e até a próxima!

Vera Sousa